O Líder cambaleia. Competitividade dos EUA no cenário mundial.

Por muitos anos, os Estados Unidos detinham a posição de "o líder do mundo livre". Agora, quando examinamos as estatísticas mais atuais, é difícil confirmar a afirmação acima mencionada. Os Estados Unidos ficaram para trás em algumas áreas que são críticas para sua competitividade no cenário mundial.

Há alguns anos, já falávamos sobre as deficiências do sistema educacional dos Estados Unidos, especialmente se comparado aos de outros países. De acordo com a mais recente avaliação feita com estudantes pela OECD (Organization for Economic Cooperation and Development), os estudantes ficaram em 25º lugar em matemática e 21º em ciências entre outros 30 países.

Analisando os resultados, a China foi o país que se saiu melhor. Mais da metade dos alunos em fase de graduação em ciências e matemática são de fora dos Estados Unidos. Estudantes estrangeiros que faziam pós-graduação nos Estados Unidos para logo obterem seus empregos estão tendo dificuldades em se empregarem devido à restrições de imigração do governo americano.

A solução precisa começar com a educação infantil. De acordo com o Partnership for America's Economic Success, nenhum outro investimento na sociedade chega próximo aos 16% que se obtém de retorno quando se investe na educação infantil. Nossas escolas precisam dar maior ênfase os temas CTEM (Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática).

O desempenho dos Estados Unidos na área da Assistência Médica é ainda mais funesto. A despeito de ter o maior percentual do mundo sobre o PIB (16%) em Assistência Médica, os Estados Unidos tem o segundo maior índice de mortalidade infantil (6,3 mortes em cada 1000 nascimentos), logo atrás da China que tem 21,16 mortes. O país é o sétimo em expectativa de vida (78,14 anos), atrás da França (80,87), Suécia (80,74), Israel (80,61), Noruega (79,81), Alemanha (70,10) e o Reino Unido (78,85). Cingapura já está na frente da França com 81,8 anos.

Mais ainda, quando se chega à infra-estrutura digital, acesso à Internet e cobertura de telefones celulares, os Estados Unidos também estão mal classificados. Todos estes vazios refletem séria vulnerabilidade. Em futuro breve, os líderes do governo norte-americano perceberão a seriedade desta situação e deverão agir sobre ela de forma decisiva. Não há mais tempo para indecisões e indefinições. Não é mais possível aplicar simples curativos á essas feridas. A situação exige uma mudança sistêmica. A atual situação econômica do país, lamentavelmente deverá provocar adiamentos na resolução dos problemas.

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Artigos de Roger Herman e Joyce Gioya, Business Futurists e consultores associados da TDC Capacitação Profissional.
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Publicado em 01/10/2008.